sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Pirataria continua a prejudicar videolocadoras

Por: Andréa Oliveira

Com as facilidades dos downloads pela Internet, e do constante aumento da pirataria as videolocadoras precisam criar estratégias para não fecharem suas portas. São descontos, promoções para o final de semana, brindes e tudo o mais que possa chamar a atenção de quem passe em frente a um locadora.

Segundo a Associação Antipirataria de Cinema e Música (APCM), em 2008, as Autoridades Públicas em parceria com os agentes da associação retiraram do comércio ilegal em todo o território nacional mais de 41 milhões de CDs e DVDs piratas em todo ano passado, um aumento de cerca de 14% em relação ao mesmo período do ano anterior.

“Estamos sobrevivendo fazendo mágica, criando ofertas e diminuindo ainda mais nossos ganhos, entre uma dessas estratégias esta locar lançamentos nos dias de semana por 0,99 centavos, é uma alternativa a essa concorrência desleal que sofremos da pirataria. Além disso, eu tenho que colocar outros produtos para serem vendidos na minha locadora, vendo bala, chiclete, diversos doces e bebidas para garantir um lucro no final do mês”, disse o dono da Locadora Top 10 Gilberto Santos.

Por conta dessa facilidade em adquirir os filmes, cds, os hábitos foram mudando, antes o fluxo das videolocadoras era enorme, por conta do valor cobrado ser muito inferior ao que é gasto nos cinemas localizados nos shoppings da cidade, agora a moda é copiar, é assistir vídeos pelo computador. Pirateando novos filmes antes mesmo deles chegarem as locadores, que por conta dessa agilidade tecnológica ficam ainda mais defasadas.

Poucos são os que ainda não aderiram a esse modismo, a pedagoga Ana Carolina diz que todo final de semana vai até uma locadora para escolher alguns filmes. “Eu tenho esse hábito desde de pequena, sempre fui com minha mãe a locadora perto de casa, por conta disso nunca compro Dvd pirata, nem deixo de me dirigir semanalmente a locadora”, conclui a mesma.

Segundo APCM no setor audiovisual as perdas são gigantescas, cerca de de 60% dos Dvds comercializados não são originais, prejuízos esses que fazem com que esse mercado a cada ano demita funcionários, e por conta desse grande fluxo de piratas no mercado o faturamento fica a cada ano menor, prejudicando o mercado, e a população, porque a pirataria não paga imposto e alimenta um mercado negro.

De acordo com o proprietário da locadora Top Dez localizada no Conjunto Augusto Franco o que precisa ser feito é a apreensão dos dvs piratas comercializadas na feira da região e vendidos nas portas dos supermercados do bairro. "Além disso cabe aos que consomem esse produto terem a consciência de que estão cometendo um crime, e que a qualidade do que estão levando para casa é duvidosa, podendo até mesmo danificar o aparelho de DVD”, conclui Gilberto.

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