sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Garotos de rua incomodam usuários de ônibus coletivo

Linha Augusto Franco Bugio é uma das mais utilizada pelos pedintes


A cada parada nos pontos de ônibus a mesma frase é repetida dezenas de vezes ao dia “meu nome é fulano vir aqui porque minha mãe e meu pai estão desempregados, e eu preciso de dinheiro para sustentar minha família...” os autores da mensagem são crianças de rua que encontraram esta maneira “criativa” de adquirir dinheiro fácil.

Com pouco mais de 10 anos, esses meninos chamam a atenção dos passageiros pela coragem de falar em público, mesmo tão pequenos. Mas essa atitude infantil não agrada a população que utiliza o sistema de ônibus coletivo da capital. Os usuários reclamam que durante o itinerário chega a passar mais de quinze meninos de rua pedindo dinheiro.

E o que mais causa indignação nos passageiros, é saber que nenhuma atitude está sendo tomada para resolver o problema. A assistente social, Antônia de Lima Rocha, chama atenção para o fato de que muitas crianças podem estar sendo exploradas por algum adulto. “As autoridades tem que procurar saber a procedência dessas crianças, e dar uma solução para elas” aconselha.

O motorista Marcelo Roque dos Santos dirige a linha Augusto Franco Bugio, uma das mais utilizadas na capital, ele diz que as crianças aproveitam a quantidade de gente no ônibus para pedir dinheiro diversas vezes ao dia. “Tem passageiros que vem me reclamar, pedem que eu mande-os descer da marinete, mais não posso fazer isso”, explica.

Já a universitária Anacélia de Lima Matos, 25, não agüenta mais o incômodo dos meninos. “Eu saiu para trabalhar às seis horas da manhã e só volto pra casa onze e meia da noite, e o mesmo guri que entra no ônibus de manhã entra de noite, isso é um saco”, desabafa.

Quem comercializa produtos dentro dos ônibus se sentem prejudicados. Pois muitas pessoas os confundem com os pedintes. “A ação desses garotos faz com que a população deixe de comprar nossos produtos, achando que somos mendigos”, argumenta a vendedora de chicletes Maria Aparecida do Nascimento, 28.

Maise Rocha

Um comentário:

  1. Duas faculdades podem não ser o bastante
    Fazer dois cursos superiores ao mesmo tempo não é garantia de ingresso no mercado de trabalho


    As exigências cada vez maiores do mercado de trabalho e com cada vez menos oportunidades, acabam por coagir alguns estudantes a possuir mais de um curso superior devendo assim ter mais de uma oportunidade no mercado de trabalho, incluindo os concursos, que estão mais atraentes após a lei que garante ao concursado e não ao indicado, a vaga pública.
    A explicação para este hábito crescente entre os estudantes continua na indefinição de qual profissão seguir já que determinadas opções, são cada vez mais rejeitadas.
    “Quem quer ser professor hoje em dia, com um salário de fome, a violência nas escolas, a falta de investimentos do poder público? As pessoas que tem vocação para ensinar estão com certeza tentando uma ou duas outras possibilidades mais rentáveis e respeitadas.”, diz a professora de nível médio e fundamental Naide Pimenta da Silveira, já aposentada a professora garante que existem muitas outras profissões abandonadas em detrimento de outras.
    Migrar para outras possibilidades profissionais parece à solução, porém não é bem assim que avalia o professor Heriberto de Souza, Coordenador da Escola do Legilativo “A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 2006 definiu que todos os profissionais estariam fora do mercado de trabalho se não possuíssem curso superior. Devido a esta lei o mercado foi pulverizado por Uvas, maçãs e peras que teriam de formar milhares de profissionais em 10 anos. O país foi congestionado com uma imensidade de cursos superiores sem qualidade.”
    Temos várias opções de cursos superiores ruins, lotados de alunos divididos em duas opções, e um mercado que valoriza cada vez menos a simples formação e cada vez mais os mestrados e doutorados. Nesta conta noves fora muitos jovens frustrados e ainda longe do sonho da realização profissional.

    Cursos gratuitos na Escola do Legislativo
    Iniciativa em parceria com Senac beneficia a população

    A Escola do Legislativo de Sergipe -Elese- reinicia suas atividades no próximo dia dezenove deste mês. Apresenta diversos cursos complementares oferecidos ao público numa parceria com o Senac, que trouxe oportunidade para aqueles que querem complementar o currículo e ter maiores chances no competitivo mercado de trabalho.
    A Elese sob a olhar do coordenador de projetos especiais, Eriberto Souza, traz ao público cursos de informática básica e avançada, inglês básico e libras, cursos muito procurados pelos alunos da casa e também pelos alunos encaminhados pelo Senac,como diz a aluna Márcia Santos. “Procurei o SENAC e fui encaminhada para a Escola do Legislativo, pois queria um curso gratuito e de qualidade, hoje em dia ninguém consegue um bom emprego sem dominar informática, por isso estes cursos são tão importantes.”
    Além dos cursos tradicionais a Elese inova este semestre com o curso de libras, importante ferramenta de inclusão social para surdos e mudos no mercado de trabalho e importante também para quem trabalha com pessoas com deficiência auditiva, como fala a vendedora autônoma Antônia Santos. “Tenho muitos clientes e vendo uma grande variedade de produtos, notei que estava perdendo a oportunidade de ganhar novos clientes no bairro onde moro por não poder me comunicar com eles, por isso procurei o curso de libras, quero atender bem a todos os meus clientes e conquistar futuros clientes.”
    Segundo o coordenador Eriberto Souza a escola vem inovando cada vez mais e mantendo também a qualidade dos seus cursos, já que através deles muitas pessoas conseguem uma boa colocação numa empresa, por exemplo.
    Além de cursos de inglês, informática e libras a escola traz também cursos de espanhol, empreendedorismo, atendimento, oratória dentre outros, com profissionais atestados pelo SENAC e material próprio, possibilitando o bom aprendizado e assimilação pelos alunos e com isso um bom aproveitamento do conteúdo.

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