sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Banco de Leite precisa de novas doadoras

::Por Dayze Lima

Um dos principais problemas enfrentados por mulheres de todo o país logo que chegam ao final da gestação é a falta de leite materno. Isso acontece por causa do empedramento, seios feridos ou do próprio organismo não ter gerado por falta de estímulos. Como solução, as novas mães buscam em locais especializados, como o Banco de Leite Humano a ajuda devida.

A publicitária Raíssa Lêmes Dantas Oliveira, que teve filho aos 21 anos, é uma das mulheres que já sofreram com estas dificuldades. Ela conta que quando deu à luz, seu leite estava empedrado. “Tinha muito leite pra dar a meu filho, porém completamente empedrado. Fiquei desesperada quando ele tentou puxar e não conseguiu”, relembra.

Para tanto, a publicitária não procurou o posto apenas para amamentar seu filho. Ela queria através da doação, ajudar as mães que não tinham leite. Segundo Raíssa, o interesse surgiu, através de uma conversa com a enfermeira que lhe atendia na maternidade, onde descobriu a falta de doadoras de leite humano dentro do estado.

“Procurei pelo Banco de Leite Humano logo que saí do hospital. Sabia que lá, além de resolver meu problema, poderia ajudar muitos recém-nascidos. A enfermeira me explicou que o leite coletado era distribuído para os bebês prematuros, de baixo-peso e com alguma dificuldade de sugar o peito da mãe, como o meu. Vi minhas dificuldades e fui ajudar outras mães”, explica.

Mas nem todas as mulheres pensam como Raíssa. Prova disso é a falta de doadoras registradas no Banco de Leite Humano de Aracaju, localizado no anexo da Maternidade Hildete Falcão. Lá, apenas 10 mulheres são cadastradas, o que para a coordenadora do banco, Hélia Carla Agapino, não é suficiente para atender a demanda.

De acordo com ela, a busca por doadoras é uma luta permanente e que muitas mulheres têm leite em excesso, mais por causa de algumas dúvidas, não procuram o banco. “Pedimos para as mães que tem dúvidas de como se procede à doação que nos procurem em qualquer uma de nossas unidades. Ser doadora é um gesto simples e de extrema importância”, informa.

Para a coordenadora uma das necessidades do BLH é aumentar esse número. “Precisamos aumentar o número de doações para suprir a carência e assim garantir um bom estoque. A sociedade precisa se conscientizar de que iniciativas como essa, são capazes de salvar a vidas de centenas de recém-nascidos no estado”, ressalta.

Campanha de doação

O dia Nacional de Doação de Leite Humano é comemorado no dia 1º de outubro em 185 bancos de leite e 17 postos de coleta, distribuídos por todo o país. A data instituída pelo Ministério da Saúde há cinco anos, tem como objetivo conscientizar as mães sobre a importância de se amamentar o bebê com o leite materno bem como sobre sua doação.

Para fazer a doação é necessário que a mãe não apresente doenças infecto-contagiosas, não faça uso de cigarros, bebidas alcoólicas ou medicamentos contra-indicados e tenha leite em excesso. Outros cuidados tomados antes da ordenha é prender os cabelos, lavar as mãos e fazer a coleta em frascos esterilizados, de preferência, doados pelo banco de leite.

Segundo Hélia Carla Agapino, gerente do banco de doação do estado, a mulher só precisa se deslocar até as unidades de coleta na primeira vez apresentando o cartão gestante ou exames pré-natal. “Com a apresentação destes documentos fazemos o cadastro. Em seguida para o ato da coleta ela pode ser atendida na sua própria casa”, esclarece à coordenadora.

Nenhum comentário:

Postar um comentário