quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Enem: O ensino brasileiro posto à prova

Acontecem no próximo sábado (03) e domingo (04) as provas do Enem- Exame Nacional do Ensino Médio e esse ano tem novidades. Criado em 1998 para avaliar o desempenho dos alunos ao fim do período escolar,o exame está sendo utilizado como critério de seleção para os estudantes que pretendem concorrer a uma bolsa no Programa Universidade para Todos (ProUni).

Para Lucas Andrade o Enem possibilita entrar numa faculdade além de avaliar o seu conhecimento: “O Enem é mais uma chance de ingressar na faculdade, mas vou usar também para saber como posso me sair no vestibular.” Disse o estudante do último ano do segundo grau de uma escola particular da capital sergipana, revelando nervosismo. “Estou ansioso quero me sair bem,” finaliza ele.

As provas irão acontecer em 1.826 cidades de todos os estados.Segundo o site do Exame Nacional,no sábado (03), as provas trarão questões das áreas de ciências humanas e ciências naturais e as suas tecnologias. Realização das 13h às 17h30. Já no domingo (04), com realização das 13h às 18h30 as avaliações serão de matemática e suas tecnologias, redação, linguagens e códigos lingüísticos.

A novidade desse ano é que a prova vai valer também para certificação de conclusão do ensino médio, o que torna o Enem também uma oportunidade para cidadãos sem diploma nesse nível de ensino, desde que na data de realização da prova tenham 18 anos, no mínimo. Nos dias de realização é necessario apresentar original ou cópia autenticada do documento de identidade, Cartão de Confirmação de Inscrição que pode ser retirado no site.

Os candidatos que tiveram problemas com a cidade do local de realização das provas irão receber uma mensagem SMS sobre o novo local de realização.Os que desejarem solicitar a troca do local da prova devido à mudança de localidade, devem enviar um email até as 12h desta quinta- feira 01/10 para faleconosco@inep.gov.br. No email deve conter nome do candidato,número de inscrição,número do CPF e nome da mãe,além de relatar qual o problema com o local da prova. Aos participantes só será permitido se ausentarem da sala após duas horas do início das provas

No mais é chegar com antecedência aos locais determinados,munidos de caneta esferográfica preta, lápis e borracha e se manter tranqüilo.Os resultados serão disponibilizados para as instituições de ensino superior em duas etapas: as de múltiplas escolhas, 4 de dezembro de 2009 e o resultado final incluindo a redação, 8 de janeiro de 2010.

Boa Sorte a Todos.




Rafael Mota

Sergipe participa da semana nacional de doação e transplante de órgãos

No último domingo, 27, foi comemorado o dia nacional de doação e transplante de órgãos. Para festejar a data o Governo Federal promove de 28 de setembro a 02 de outubro, uma campanha educativa com o objetivo de divulgar à sociedade brasileira o que seja transplante e a importância de ser um doador.

Através de palestras, encontros, panfletagem e veiculação na mídia em geral, a Central de Transplantes de Sergipe busca conscientizar a população do estado, minimizando os mitos existentes que tanto dificultam nas decisões de familiares de pessoas em óbito por optarem pela doação de órgãos e tecidos ósseo dos seus parentes.

“Não basta a pessoa querer ser doadora, ela precisa avisar sua família de sua intenção, por que, senão, o processo de convencimento entre os familiares pode inviabilizar o transplante. Pois nós temos até seis horas para fazer todo o processo, desde a captação do órgão ou tecido ósseo, a identificação do possível transplantado, até a locomoção ao hospital onde vai ser feito o procedimento cirúrgico”, esclarece a assistente social Lucineide Fagundes.

Desde o ano 2000, quando foi fundada a Central em Sergipe, foram feitos 635 transplantes, sendo que desses 534 foram de córnea, 86 de rim, 13 de osso e dois de coração. No entanto a lista de espera ainda é grande, só no estado são 634 pessoas esperando um doador, a maioria necessita de rins e córneas.

“Sabemos que não é fácil, mas é muito gratificante. Porque quando vemos a felicidade estampada nos rostos de familiares e transplantados que nos agradecem e dizem terem nascido de novo graças ao gesto nobre da família do doador e de nosso trabalho intermediando esse processo, renovamos nossas baterias para continuarmos nosso trabalho diário”, declara Lucineide fagundes.

Para mais informações as pessoas devem entrar em contato através dos números 0800-2843216 ou 3259-3491. A Central de transplantes funciona 24 horas por dia em uma unidade anexa ao hospital João Alves.

LESSIO CERQUEIRA

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

População sergipana diz que greve dos bancários só veio a prejudicar

Em virtude da greve instaurada pelo Sindicato dos bancários na última quinta-feira, 24, a população, usuária desses serviços, foi quem saiu perdendo. E em Sergipe a situação não poderia estar diferente, pois a grande maioria das agências bancárias se encontra fechada e isso tem impedido o acesso das pessoas nas dependências dos bancos, para realizarem suas transações.

Basta percorrer as ruas da cidade para perceber o descontentamento das pessoas pelo fato de terem que permanecer em imensas filas de lotéricas, para tentar resolver seus problemas. São idosos, trabalhadores apressados, que dispõem somente de um curto espaço de tempo e por isso se encontram insatisfeitos com essa condição.

“Nós, o povo, merecemos mais respeito! Não estamos cobrando nenhum absurdo, é nosso direito como clientes e cidadãos”, desabafa o representante comercial, Fábio Fernandes. Ele ainda conta que ficou na fila cerca de 40 minutos, para sacar uma quantia em dinheiro, e quando finalmente foi atendido, o informaram que o estabelecimento não dispunha de notas suficientes.

É diante dessa ocasião, em que as agências bancárias mantêm suas atividades suspensas, que todos recorrem aos serviços das casas lotéricas e por isso, as mesmas ficam sobrecarregadas, acarretando na falta de dinheiro satisfatório para atender toda a população.

O indivíduo necessita das mínimas condições favoráveis, para viver bem, com dignidade e a partir do momento que essas qualidades não são respeitadas, é preciso rever os conceitos.

Diante disso, torna-se necessária a adoção de medidas alternativas, para resolver essa circunstância, sem que os usuários das agências bancárias saiam no prejuízo, assim como, os funcionários grevistas também possam obter sucesso em suas expectativas. De acordo com o aposentado, Mauro Farias, 69 anos, os bancários, na condição de trabalhadores, não podem ser apontados como maus feitores, pois assim como nós, eles também têm o direito à decência trabalhista.


Bancários querem mais contratações

Os funcionários concordaram com a iniciativa de paralisação, para reivindicar além de melhorias salariais, um maior contingente de contratações e com isso, a inevitável redução do trabalho terceirizado, que segundo eles gera uma subestimação por parte dos banqueiros. “Eu e meus colegas, queremos acima de tudo, a garantia de que não iremos mais ser tratados como escravos, pelas investidas dos bancos”, comenta Afonso Santana, funcionário que aderiu a greve.
Hellen Gomes

sábado, 26 de setembro de 2009

Dia Nacional da Livre Iniciativa

Assistência jurídica, emissão de carteira de identidade e orientações odontológicas foram uns dos serviços mais procurados.


Durante toda manhã de hoje, 26, mais de 350 colaboradores da Universidade Tiradentes (Unit) estiveram presentes na área dos mercados municipais de Aracaju, para prestar serviços à comunidade. A ação faz parte do Dia Nacional da Livre Iniciativa, que tem como objetivo principal, apresentar para a população, os projetos sociais desenvolvidos pelas faculdades particulares de todo o país.

Segundo o coordenador do evento e pró-reitor adjunto de Assuntos Comunitários e Extensão, Gilton Kennedy Souza Fraga, esse dia é muito importante para a comunidade. "A população pode se utilizar de vários serviços prestados pelos nossos projetos sociais. E também vai servir de vitrine para que as pessoas conheçam os trabalhos da faculdade”, explicou o professor.

Cerca de 15 estandes foram montadas no espaço, dentre os serviços mais procurados estavam assessoria jurídica, serviços odontológicos e tratamentos com fisioterapia.

Dona Joefina de Jesus Santos, 57, aproveitou à ida às compras para fazer uma sessão fisioterápica. “A gente nunca tem tempo para resolver problemas de saúde e quando vi esse espaço fornecendo atendimento, apressei logo o passo e vim me consultar”, declara à comerciante.

No espaço a Secretaria de Segurança Pública (SSP) e do Poder Judiciário, disponibilizaram gratuitamente a emissão da cédula de identidade e a segunda via da certidão de nascimento.


Projeto

O Dia Nacional da Livre Iniciativa é uma ação da Associação Brasileira de Mantedores de Ensino Superior (ABMES), e tem como objetivo informar à sociedade e ao governo a grande importância do ensino superior particular, e poder demonstrar com fatos e números, que as instituições particulares vêm cumprindo a responsabilidades no comprometimento social.

Maise Rocha

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

INTELIGÊNCIA COLETIVA

PIERRE LEVY

EM SEU LIVRO “INTELIGÊNCIA COLETIVA” PIERRE LEVI PREGA O SURGIMENTO DE UMA NOVA DIMENSÃO DE PENSAMENTOS DIANTE DO FENÔMENO DA CRIAÇÃO DO CIBERESPAÇO. LOGO NO PRÓLOGO, ELE PREPARA O TERRENO PARA UMA ARGUMENTAÇÃO BASTANTE SUBJETIVA, NA QUAL FAZ ANALOGIAS NA BUSCA DE UMA EXPLICAÇÃO PARA O NOVO.

ELE COMEÇA SUGERINDO QUE AS CHAMADAS “INFOVIAS” PROPICIAM A POSSIBILIDADE DE UMA CONTINUIDADE NO DESENVOLVIMENTO DA CULTURA, MAS NÃO PELAS MESMAS PESSOAS QUE INICIARAM ESTA CULTURA E SIM POR OUTRAS CABEÇAS PENSANTES, QUE TENDO ACESSO A UMA PEÇA DE INFORMAÇÃO E, INSERINDO SEUS PRÓPRIOS PENSAMENTOS, TRANSFORMAM ESTA MESMA PEÇA DE INFORMAÇÃO NOUTRA MAIS DESENVOLVIDA E AVANÇADA.

LEVI DIZ QUE ESSE POTENCIAL JÁ HAVIA SIDO PERCEBIDO NOS ANOS 60, NOS PRIMÓRDIOS DA ELABORAÇÃO DOS PRIMEIROS COMPUTADORES, MAS QUE SÓ FOI LEVADA A SÉRIO E ENTÃO COLOCADA EM PRÁTICA NOS ANOS 80, COM A POPULARIZAÇÃO DO PC E DO SURGIMENTO DAS PRIMEIRAS REDES DE COMUNICAÇÃO ATRAVES DAS “INFOVIAS”. ERA A COMUNICAÇÃO INFORMATIZADA CRIANDO A TELEMÁTICA.

NO FINAL DA DÉCADA DE 80, COM A AMPLIAÇÃO DESCONTROLADA DESSAS REDES, CRIOU-SE UMA ARENA CENTRAL PARA O DESENVOLVIMENTO DESTA CIBERCULTURA. ERA A INTERNET GLOBALIZANDO O MUNDO.

NOS ÚLTIMOS 20 ANOS O CRESCIMENTO DESSA ARENA E O DESENVOLVIMENTO COLETIVO DE SUAS APLICAÇÕES SE MULTIPLICOU EXPONENCIALMENTE, EMBORA TANTO A FORMA QUANTO O CONTEÚDO DO CIBERESPAÇO AINDA SEJA INDEFINIDO E INCERTO. DE FATO, SEGUNDO O AUTOR AINDA NÃO HÁ UM CÓDIGO QUE REGULAMENTE A EXTENSÃO DAS DECISÕES TÉCNICAS, A ADOÇÃO DE REGRAS E REGULAMENTOS NEM AS POLÍTICAS TARIFÁRIAS QUE PODERÃO MODELAR O SEU FUNCIONAMENTO.

LEVI ACHA QUE DIANTE DESSE IMPASSE NÓS, HUMANOS, VOLTAMOS ÀS NOSSAS ORIGENS E SOMOS NOVAMENTE NÔMADES. MAS NÃO FISICAMENTE NÔMADES. NOSSAS IDÉIAS SE TORNARAM NÔMADES, POIS UMA IDÉIA QUE SURGE AQUI HOJE, AMANHÃ JÁ ESTÁ DO OUTRO LADO DO MUNDO SENDO DESENVOLVIDA POR ALGUÉM GRAÇAS AO CIBERESPAÇO E ÀS INFOVIAS.

COMO ELE MESMO DIZ, NOS TORNAMOS IMIGRANTES DA SUBJETIVIDADE. ELE BEM SABE DO QUE ESTÁ FALANDO. SUA SUBJETIVIDADE É FLAGRANTE EM SEU DISCURSO, ELE TENTA EXPLICAR QUE O NOMADISMO DE AGORA SE REFERE À TRANSFORMAÇÃO DE NOSSAS PAISAGENS CIENTÍFICA, TÉCNICA, ECONÔMICA, PROFISSIONAL, MENTAL .... E DÀ NOME A ESSE FENÔMENO – HOMINIZAÇÃO EM ACELERAÇÃO.

MAS APESAR DESSA VELOCIDADE TODA, TEMOS A CHANCE DE PENSAR ESSA AVENTURA DE FORMA CONJUNTA E TALVEZ INFLUENCIÁ-LA. OS INSTRUMENTOS DE COMUNICAÇÃO NÃO PODEM SER REINVENTADOS SEM UMA REDEMOCRATIZAÇÃO INTEGRAL DO PROCESSO COMUNICATIVO.

PIERRE LEVI FAZ UMA MENÇÃO ESPECÍFICA AO HOMEM DE NEANDERTAL, QUE SE ESTINGUIU PORQUE NÃO CONHECIA UMA LINGUAGEM QUE O PERMITISSE SE COMUNICAR COM EFICIÊNCIA E PASSAR CULTURA ADIANTE, ASSIM COMO RECEBER ENSINAMENTOS DE OUTRAS CIVILIZAÇÕES. QUANDO O CLIMA SE MODIFICOU, A CAÇA ESCASSEOU. AO LER ESSA PASSAGEM ME LEMBREI DE QUE TENHO EM MEU LAPTOP O FILME “A GUERRA DO FOGO”, QUE RETRATA EXATAMENTE ESSA DIFICULDADE DE COMUNICAÇÃO. ASSISTI NOVAMENTE AO FILME E CONSTATEI QUE PODE HAVER DIFERENTES INTERPRETAÇÕES DE UM MESMO TÓPICO.

NO ENTANTO, PESQUISANDO UM POUCO MAIS, PERCEBI QUE O NEANDERTAL PODE TER SUCUMBIDO À SUPERIORIDADE DO KROMAGNON DEVIDO AO PENSAMENTO COLETIVO DE QUE DISPUNHAM. ESSA RAÇA SUPERIOR JÁ DOMINAVA UMA FORMA DE LINGUAGEM E SABIA DIVIDIR IDÉIAS, COMO A DE RAPTAR AS MULHERES JOVENS DAS TRIBOS NEANDERTAL E USÁ-LAS COMO MULTIPLICADORAS DE CABEÇAS. PARECIAM JÁ SABER QUE UMA CABEÇA PENSA MELHOR DO QUE DUAS E TRÊS MELHOR DO QUE DUAS E ASSIM POR DIANTE.

DE QUALQUER FORMA, LEVI APONTA QUE NOSSA MISSÃO NESSE MOMENTO DEVERIA SER CRIAR UM ALÉM DA ESCRITA, DE TAL FORMA QUE A INFORMAÇÃO SEJA DISTRIBUIDA E COORDENADA POR TODA PARTE, SEM QUE SEJA PROPRIEDADE DE NINGUÉM. SEGUNDO ELE, A PROSPERIDADE INDIVIDUAL ESTÁ NA HABILIDADE DE SE NAVEGAR POR ESTE ESPAÇO VIRTUAL DO SABER. MAS COMO DIVIDIR CONHECIMENTO E SABER NUM AMBIENTE TÃO COMPETITIVO ONDE TODOS DESEJAM SER E TER MAIS QUE O PRÓXIMO?

A CONCORRÊNCIA ENTRE EMPRESAS PERMITIRIA UMA ORGANIZAÇÃO QUE TORNASSE REAL UMA REDE DE INOVAÇÕES ONDE O FLUXO DE HABILIDADES CONDICIONASSE O FLUXO DE CAIXA? SEGUNDO LEVI, FOI ESSA INCAPACIDADE QUE ARRUINOU OS REGIMES COMUNISTAS NO INÍCIO DOS ANOS 90. OS SOCIALISTAS ERAM INCAPAZES DE INTELIGÊNCIA COLETIVA. ERAM MÁQUINAS DE OBEDEÇER, NÃO PODIAM PENSAR.

ESSE É O DESAFIO DO FUTURO, A PRODUÇÃO CONTÍNUA DE SUBJETIVIDADE, DE DISCUSSÕES, DE ARGUMENTAÇÕES, DO DESENVOLVIMENTO COLETIVO DE QUESTIONAMENTOS. ASSIM SE DARÁ A CONCORRÊNCIA NO ESPAÇO ECONÔMICO MUNDIALIZADO.

O PENSAMENTO DE PIERRE LEVI PREGA QUE PARA PARTICIPAR DESSE PROCESSO É PRECISO TER UMA IDENTIDADE. PARA CIRCULAR NESSE ESPAÇO DO SABER SERÁ NECESSÁRIO OCUPAR UM ESPAÇO TERRITORIAL, PROFISSIONAL E SOCIAL.

OS TRÊS FATORES QUE CONDICIONARÃO O SURGIMENTO DESSE ESPAÇO ESPECÍFICO SÃO: A VELOCIDADE DA EVOLUÇÃO DO SABER; A QUANTIDADE DE PESSOAS QUE PARTICIPARÃO DO APRENDIZADO E DO ENSINO; AS FERRAMENTAS QUE CONTROLARÃO AS MENSAGENS EM CIRCULAÇÃO, TEORIZA O AUTOR.

PARA LEVI, A INTELIGÊNCIA QUE SERIA GERADA NESSE UNIVERSO EQUIVALE AO TRABALHO EM COMUM ACORDO, À POLÍTICA DA BOA VIZINHANÇA, AO ENTENDIMENTO COM O INIMIGO. OS LAÇOS SOCIAIS CRIADOS ENTÃO, DESENVOLVERIA AS COMPETÊNCIAS , O CONHECIMENTO E O SABER.

O RESULTADO SERÁ UMA INTELIGÊNCIA COLETIVA PRESENTE EM TODA PARTE, VALORIZADA O TEMPO TODO E ADMINISTRADA NO NOSSO TEMPO REAL. INTELIGÊNCIA QUE DEVE SER FACILMENTE ACESSÍVEL, INOVADORA, CONTROLADA E SOCIALMENTE ENCORAJADA.

POSTADO POR: ÁLVARO VIDAL

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Resenha Sem.V: Internet, e Depois? Uma teoria crítica das novas mídias

Desde as antigas maneiras de comunicação por meio de gestos e linguagem até os mais novos avanços tecnológicos, a produção e troca de informações e conteúdos tornaram-se características comuns dos seres humanos em quaisquer sociedades. Entretanto, esse avanço gerou diversidade dos meios de comunicação, no qual os conteúdos passaram a ser mercadorias e os indivíduos tornaram-se dispersos no espaço físico e no tempo.
É correto afirmar a atual supremacia das novas tecnologias, como motivadoras de uma espécie de modernização, a qualquer custo, imposta principalmente aos jovens, por parte da classe dominadora. Mas é preciso ter cautela, pois não se pode garantir a hegemonia fixa dessas presentes tecnologias, e muito menos que elas irão perdurar por anos sem que sejam menos idolatradas.
Enquanto isso, as novas tecnologias exercem bem seu papel de ludibriar, envolvendo seus usuários com inúmeros atrativos, que deixam o indivíduo totalmente envolvido pela possibilidade de sentir-se livre, totalmente alheio a dominações e sem que haja qualquer tipo de movimentação física.
Porém, o que está em jogo não são o progresso físico e técnico dos meios midiáticos em meio ao processo de evolução da humanidade e sim a capacidade e qualidade de produção enquanto sistema de informação.
Atualmente, a Internet tem sido gerenciadora de sonhos e leva o indivíduo a navegar pelo mundo. E, conseqüentemente criar seu próprio mundo, ou seja, gera “mundinhos” com a finalidade de desagregar a interação coletiva. Mas engana-se quem pensa que pelo fato de ter acesso direto, estará munido de todo o conhecimento. Para reverter isto é válido apostar nos atributos oferecidos pela própria tecnologia, como a capacidade de agir e de criar.
Para Wolton a Internet não é considerada uma nova mídia e sim um aglomerado dos meios de comunicação. A Web é composta por algumas propriedades como serviço, lazer, informação-notícia e informação-conhecimento. A necessidade de tal é constatada a partir do momento que a sociedade se dá conta de que precisa manter-se informada e em constante comunicação. Mas a informação não pode ser comparada com a comunicação, pois ambas estabelecem funções distintas a proporção de que a primeira se propaga com maior agilidade do que a segunda.
Mesmo diante da renovação, a cada dia, das novas tecnologias, a economia das mídias permanece fortificada, pois já está impregnada no âmbito sociocultural da humanidade.
No entanto, não podemos e não queremos que o processo evolutivo fique estagnado e sim que saibamos utilizá-los enquanto sociedade por meio da universalização da informação mantendo assim a interação coletiva entre os indivíduos.
Marieta Melo e Hellen Gomes

sábado, 12 de setembro de 2009

Seminário I – Resenha do texto de Elias Machado

O ciberespaço como fonte para os jornalistas

As redes segundo o autor possuem duas vertentes. A primeira trata-se do uso das redes temáticas como um complemento ao jornalismo tradicional na busca pelas informações. Ou seja, o jornalista usa a rede “apenas” para acrescentar as informações que ele já tem e que foram coletadas ao modo convencional, jornalista-fonte. A segunda fala que as redes podem ser consideradas um ambiente diferenciado do jornalismo, em que todas as etapas (produção, coletada de informações e divulgação), limitam-se ao espaço cibernético. No âmbito geral, os estudiosos dizem que os métodos usados no jornalismo digital, não passam dos elementos do jornalismo convencional transplantados como estrutura para o que é publicado no ciberespaço.

O futuro do jornalismo digital depende das técnicas utilizadas pelos profissionais na hora de pesquisar e apurar as informações, já que as redes não possuem limites e todos podem se tornar produtores das informações. É preciso perceber que a interatividade desse veículo de comunicação deve ser usada de forma a garantir que o grande público possa experimentar toda a potencialidade existente na mesma. E que as fontes usadas nas matérias podem ser os próprios usuários dela.

O jornalismo assistido por computador (caracteriza-se o uso da tecnologia como auxílio para o trabalho jornalístico) trabalha com as fontes primárias e o jornalismo digital trabalha com pesquisas a artigos, relatório, banco de dados e etc... Esse “novo” jeito de se trabalhar exige diferentes habilidades do profissional, já que ele lida também com fontes independentes (as que não tem ligação direto com nada nem ninguém) e por isso, todo cuidado é pouco. O pesquisador Koch, diz que a apuração no jornalismo convencional parte de acontecimentos que podem ser localizados com facilidade e geralmente surgem de declarações, mas no modelo digital, os acontecimentos são substituídos por uma frase digitada que mostrará a questão ou o problema.

O autor dá um exemplo no texto sobre o Último Segundo, publicação jornalística do IG. Existe um espaço no site que se chama Leitor-repórter, onde o internauta pode enviar notícias e reportagens. Se for pra enviar notícias, o leitor pode fazer denúncias e divulgar acontecimentos de toda parte do mundo e no caso de publicação, o portal checa primeiro as informações. Se for pra enviar reportagens, o leitor envia textos e imagens cujo tema é livre. Isso mostra que cada vez mais os usuários participam diretamente do que será publicado ou não e ainda participam como jornalistas apurando e noticiando as informações.

Para trabalhar com informações digitalizadas, os jornalistas precisam mudar o jeito de produzir as notícias. Tanto o profissional quanto o usuário das redes, precisam dominar técnicas específicas, já que eles terão acesso a dados dos mais diversos e que muitas vezes são publicados sem qualquer tipo de restrição. A diferença entre o processo de produção das notícias digitalizadas pro convencional, é que no primeiro o jornalista antes de sair para recolher alguma declaração, faz um levantamento de dados necessários para elaborar a notícia e no convencional, geralmente a notícia vem da própria declaração. No jornalismo digital essas declarações servem para dar mais credibilidade à notícia.

A consolidação do jornalismo digital se dá a partir da compreensão de que esse é um novo tipo de se fazer jornalismo e que todo o processo de produção da notícia se dá dentro do espaço cibernético, da apuração até a publicação da informação.

Comentários

Tem uma frase do texto que exemplifica o descompasso entre as demandas da prática profissional e o modelo de adoção dos computadores nas redações: “Muito desta defasagem se deve á difusão de conceitos como jornalismo de precisão ou reportagem assistida por computador, capazes de reduzir a tecnologia a um uso instrumental porque aperfeiçoa o trabalho sem desestabilizar os fundamentos da prática”. É preciso perceber que da apuração até a circulação dos fatos o ciberespaço servirá de um meio para que o repórter realize a sua matéria.
Portanto, a busca da informação no ciberespaço facilita o trabalho dos jornalistas, entretanto ele não deve se limitar a esse espaço, é preciso mesclar essa informações, os dados coletados com o formato tradicional de fontes, mas não de forma a limitar o questionamento as mesmas pessoas, é necessário da voz as usuários desse cIberespaço, que não deve ser restrito, limitado, ele é macro e se for usado levando em conta suas potencialidades irá contribuir para uma maior elaboração das matérias seja na web, como fora dela.

Levando em consideração que “o fator diferencial do jornalismo digital consiste na redistribuição dos poderes de controle entre todos os membros do sistema, considerando que os usuários são ao mesmo tempo fontes e produtores de conteúdos”. (p.36). Sendo assim cabe ao jornalista utilizar o ciberespaço como fonte de pesquisa e de integração entre informação e público, a fim de tornar esse espaço ainda mais democrático.

Postado por: Andréa Oliveira, Juliana Moura e Nayana Araujo

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Resenha IV
Prólogo: O planeta nômade
A inteligência Coletiva

Galeraaaa, demorou mas chegou! Tá ai a resenha do capítulo IV =]




O processo comunicacional tem passado por muitas mudanças nas últimas décadas. A tecnologia tem metamorfoseado bruscamente esse processo e, apesar de sua instantaneidade, temos de acompanhá-lo. A questão da multimídia, que corresponde “a fusões, aquisições e alianças que hoje acontecem na comunicação”, tem norteado o diálogo humano e, ainda não se sabe se felizmente ou não, quem não se adequa a esse movimento social, corre o risco de ficar ultrapassado e ‘incomunicável’.
Ocorre que as manifestações dessa onda tecnológica que assolou o mundo com toda força, revolucionou de tal maneira a comunicação, que hoje, é possível trocar todo tipo de mensagens entre indivíduos, participar de conferências eletrônicas sobre os mais variados temas, ter acesso à informação, construir um mundo virtual puramente lúdico ou mais sério; desenvolver projetos políticos, amizades, cooperações. O autor coloca que os próprios instrumentos de tratamento automático da informação se banalizam no conjunto dos setores da atividade humana, e principalmente, no espaço que se criou, chamado de ciberespaço. A internet, hoje, é um dos principais meios de comunicação e agrega características muito próprias e marcantes. Por isso, atrai cada vez mais usuários.
Vale ressaltar que apesar de já ter se configurado como um forte e influenciável meio de comunicação, não se trata de um processo acabado. Ainda há tempo para possíveis ajustes e adequações. A forma e o conteúdo deste ciberespaço ainda são especialmente indeterminados. Não existe nenhum determinismo tecnológico ou econômico simples em relação a esse assunto. O grande ‘boom’ da internet e afins consiste em seus aspectos civilizatórios, que são: novas estruturas de comunicação, de regulação e de cooperação, linguagens e técnicas intelectuais inéditas, modificação das relações de tempo e espaço, etc.
Pode parecer complicado – e talvez o seja mesmo –, mas inserir-se nesse novo processo de comunicação é uma garantia. Garantia de que continuaremos a nos relacionar, a trocar informações, a manter um laço social inerente à condição humana. Se nós não aprendermos essa comunicação, se não acompanharmos essa evolução, corremos o risco de sermos extintos, tal como ocorreu com os neandertais. Tal é a importância da comunicação.

Crítica: Mesmo tendo revolucionado o processo comunicacional, facilitando o acesso a informação, vale ressaltar que o autor Pierre Levy coloca a questão de maneira utópica, injênua. Como se a internet fosse um meio perfeito, que possibilitasse apenas coisas boas, que propagasse a ‘fraternidade’ entre as pessoas.
Não obstante, vemos crimes que acontecem na internet, pessoas sendo enganadas e tendo a vida devastada muito e facilmente por conta da internet. O que sentimos é que este meio deve se sim aproveitado – diante das muitas vantagens que possue – mais com consciência e limite.


Por Luiza, Tanuza, Dayze e Jacqueline
Comentário sobre o texto de Pierre Levy
Por Luiza Carla

Pierre Levy e a fascinação pelo ciberespaço

Pierre Levy coloca a questão da internet de uma forma meio utópica. Como se esse meio fosse ‘perfeito’. É claro que é um meio de comunicação extremamente poderoso, fascinante e complexo, mas tem limites. Levy é muito otimista quanto a isso.
Todavia, ele ressalta que esse novo meio de comunicar não deve ser analisado apenas sob a ótica do impacto que têm na vida das pessoas e nas relações sociais – que sem dúvida é muito grande –, mas também pelo projeto em si, pelo objetivo. Para que servem?
O autor coloca ainda a questão da ‘inteligência coletiva’. Seria uma troca de informações, da qual resultariam indivíduos igualmente bem informados. Porém, vale ressaltar que essa troca não significa necessariamente, uma coisa boa. Nesse meio, pode sim, haver troca de conhecimento que condicione o indivíduo ‘ao mal’.

Planeta Nômade

A inteligência Coletiva

Os avanços tecnológicos que hoje acontecem no setor da comunicação e da informática, têm chamado a atenção do grande público. As redes digitais de transmissão ampliam, a cada dia, um cibersespaço mundial no qual todo elemento de informação encontra-se em contato virtual com todos e com cada um.Esta cultura de rede nos permite tentar modificar o curso das coisas. Ainda há lugar, nesse novo espaço para projetos. A forma e o conteúdo do ciberespaço ainda são indeterminados. A idéia da inteligência em massa é a integração natural com as pessoas, é compartilhar nossos conhecimentos uns com os outros,A economia da informação descrita por Lévy, no mundo atual, as idéias são o capital mais importante, e que só pode ser adquirido quando as pessoas pensam em conjunto.A Inteligência Coletiva é uma inteligência distribuída por toda parte, incessantemente valorizada, coordenada em tempo real, que resulta em uma mobilização efetiva das competências.
Lícia MouraA inteligência ColetivaOs avanços tecnológicos que hoje acontecem no setor da comunicação e da informática, têm chamado a atenção do grande público. As redes digitais de transmissão ampliam, a cada dia, um cibersespaço mundial no qual todo elemento de informação encontra-se em contato virtual com todos e com cada um.Esta cultura de rede nos permite tentar modificar o curso das coisas. Ainda há lugar, nesse novo espaço para projetos. A forma e o conteúdo do ciberespaço ainda são indeterminados. A idéia da inteligência em massa é a integração natural com as pessoas, é compartilhar nossos conhecimentos uns com os outros,A economia da informação descrita por Lévy, no mundo atual, as idéias são o capital mais importante, e que só pode ser adquirido quando as pessoas pensam em conjunto.A Inteligência Coletiva é uma inteligência distribuída por toda parte, incessantemente valorizada, coordenada em tempo real, que resulta em uma mobilização efetiva das competências.
Lícia Moura

Prólogo: O planeta nômade

A inteligência Coletiva
Os avanços tecnológicos que hoje acontecem no setor da comunicação e da informática, têm chamado a atenção do grande público. As redes digitais de transmissão ampliam, a cada dia, um cibersespaço mundial no qual todo elemento de informação encontra-se em contato virtual com todos e com cada um.
Esta cultura de rede nos permite tentar modificar o curso das coisas. Ainda há lugar, nesse novo espaço para projetos. A forma e o conteúdo do ciberespaço ainda são indeterminados. A idéia da inteligência em massa é a integração natural com as pessoas, é compartilhar nossos conhecimentos uns com os outros,
A economia da informação descrita por Lévy, no mundo atual, as idéias são o capital mais importante, e que só pode ser adquirido quando as pessoas pensam em conjunto.
A Inteligência Coletiva é uma inteligência distribuída por toda parte, incessantemente valorizada, coordenada em tempo real, que resulta em uma mobilização efetiva das competências.
Lícia Moura

Resenha Problemas da Cibercultura

Definida por Pierre Lévy como o conjunto de técnicas, práticas, atitudes, modos de pensamento e valores que se desenvolvem juntamente com o crescimento do ciberespaço (novo meio de comunicação que surgiu da interconexão mundial dos computadores), a cibercultura, como qualquer implantada no cotidiano do ser humana de forma global, gera discórdias, estudos e discussões favoráveis e contraditórios.
Os primeiros estudiosos do ciberespaço, o enxergaram como algo anárquico. Um espaço onde tudo poderia ser feito paralelamente ao ‘mundo real’. Com o passar do tempo, a sociedade observou que não seria bem assim.
Pierre pontua que os Estados foram pioneiros na adaptação da nova estrutura tecnológica e a desenvolver a prevenção de ataques contra esses arquivos. Assim, os ‘ciberpunks’ tornaram-se os maiores contraventores dessa era.
Afirma que a aceleração da mudança, a virtualização e a universalização sem fechamento, são tendências de fundos irreversíveis, os quais os seres humanos devem integrar a todos os raciocínios e decisões, tornando as conseqüências destas ações indeterminadas do ponto de vista econômico, político e social. O mundo se tornou frágil e dependente do andamento da cibercultura.
O livro prevê que as grandes corporações da mídia mundial, irão concorrer de igual para igual com pequenos produtores. É o que acontece hoje através do ‘Youtube’.
Em relação à ‘consciência coletiva’(ou inteligência coletiva), Pierre Lévy é esperançoso, ao afirmar que esta “pressupõe a capacidade de criar e desenvolver a confiança e aptidão para tecer laços duráveis...o ciberespaço oferece um poderoso suporte de inteligência coletiva, tanto em sua faceta cognitiva quanto em seu aspecto social”.O homem precisa ser lúcido para lhe dar com a determinada situação.
O risco do contato humano ser substituído pelo contato através do ciberespaço também comentado por Pierre.Segundo ele, o homem poderá sobrecarregar as ações executadas pelos olhos e deixar de possuir sentidos como o tato,por exemplo.
A criação de uma classe dominante dentro do ciberespaço, como um dos fatores prejudiciais à inteiração entre o homem e a cibercultura também foi prevista pelo cientista.A teoria se comprova, a partir do momento em que vivemos numa sociedade que idolatra fenômenos como ‘Tapa na pantera’ e Stefany Cross Fox’.
Um pesquisador mais atual do assunto, Andrew Keen, acusa a cibercultura de abrir espaço para a mediocridade, como o dispudor em disseminar a vida privada, a exemplo dos blogs. Ele também afirma que no ciberespaço, opiniões sobre arte, política e cultura são confundidos. Uma vez que não existe um comprometimento e averiguação na formação do conteúdo ali exposto.



Maria Rosa e Arthur Soares

Texto do Livro Cibercultura, de Pierre Lèvy, Parte III - PROBLEMAS

Existem conflitos de interesses e seus diversos pontos de vista no âmbito da cibercultura. Para Lévy o melhor uso da cibernética é com inteligência e imaginação humana. O que ele chama de inteligência coletiva é valorizada, variada, tida em tempo real e ainda otimiza competências. Por outro lado a cibercultura não é controlável porque diversos autores, projetos, diversas interpretações estão em conflito.

Já o ponto de vista das Mídias é propagado de acordo com seu interesse. No ponto de vista do bem público a web é um gigantesco documento entrelaçado que dialogam com uma multiplicidade de pontos de vista. À medida que a rede se autodescreve, ela se autoreproduz.

É afirmado que é um erro pensar que o virtual substitui o real, ou que as telecomunicações substituirão os deslocamentos físicos e contatos diretos. No âmbito cibernético quanto mais informações se acumulam, circulam, melhor são explorados e cresce a variedade de objetos e lugares físicos em contato com o internauta. É raro que um novo modo de comunicação ou de expressão substitua completamente os anteriores. Todos são complementares, com suas particularidades, pontos de vista e objetivos distintos. Cada novo veículo, cada nova qualidade cria uma qualidade de espaço, novas formas culturais, de dimensões inéditas ou (de outra forma) do mundo humano. O desenvolvimento do ciberespaço abre novos planos de existência nos modos de relação, nos modos de conhecimento, de aprendizagem e de pensamento e por fim nos gêneros literários e artísticos. Pode-se dizer que a internet policentraliza e não descentraliza o mundo real.

Enfim mesmo com todas as transformações ocorridas com os veículos, em especial a internet, Lévy resume que a cibercultura expressa uma mutação fundamental da própria essência da cultura. E é pura verdade.

Já o sociólogo, doutor em Filosofia e professor de Sociocibernética e Comunicação no Mestrado em Comunicação da UFF, Delfim Soares em seu artigo "Revolução Cibernética na Comunicação e Ilusão Democrática" afirma que todas as revoluções têm sistematicamente motivações mais ou menos democráticas e acabam se materializando como disfarces de novas formas de perpetuação da dominação das maiorias por minorias privilegiadas.

Delfim joga um ponto de vista para ser analisado: O mundo virtual, a cibernética, a internet são mais úteis para difundir o saber ou para perpetuar a marginalização da maioria? Da mesma forma, a história ainda não definiu claramente onde se situa o poder da comunicação: se tal poder está no monopólio da informação pelos grupos dominantes ou se está na ignorância generalizada entre as maiorias dominadas? Soares é mais incisivo ainda quando diz que todos somos cidadãos globais, numa sistemática e ingênua igualdade social.

Enfim, é preciso a fronteira entre a realização individual e a manipulação social que a rede cibernética delineia. A utopia democrática começa na ausência da percepção dos limites da manipulação ideológica.

TÍFFANY TAVARES

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Hipertexto

Nesse processo de costura e recorte do texto, relacionamos a outras influencias textuais, imagens, culturas e valores adquiridos no decorrer da vida. Tornando-o assim um texto em constante construção, não voltado somente para si.

O texto passa a ser uma ponte para as nossas próprias, atualizações mentais, muitas vezes essas atualizações nada têm a ver com o autor, mas que serviram para aquilo que somos.

O hipertexto é isso, a conexão de áreas, de textos com outros textos, a seleção de coisas importantes.

Na leitura de um livro, o leitor pode até recortar, colar, tirar cópias, mas o texto inicial estará lá intacto no papel. Já na tela, o leitor explora e tem a possibilidade de construir o seu próprio texto, diante de janelas potenciais.

Se o computador for utilizado para realizar textos clássicos, ele será apenas mais avançado que uma maquina de escrever. Usar o computador como um meio para produzir textos, sons, imagens é negar a interatividade e as possibilidades adquiridas com ela.

A hipertextualização é a possibilidade de construir o seu próprio texto graças à agregação de outros. O suporte digital possibilita o acumulo de informações de um número extenso de pessoas. Diferentemente de um texto clássico, que mesmo estando na tela, não possibilitará anotações, desconstruções, reconstruções. O hipertexto nada mais é que um processo antigo de leitura, já que ler consiste em selecionar, agregar, associar à coisas e experiências externas.



Rafael Mota

Internet, e Depois? Uma teoria crítica das Novas Mídias - Dominique Wolton

Com o advento tecnológico da comunicação, ao longo dos anos foram surgindo várias tecnologias que se deixam substituir por outras denominadas de novas tecnologias. Embora sejam de momentos diferentes, essas tecnologias, atuais ou antigas, não se confrontam ao ponto de uma extinguir a outra, elas ganham preferência à medida que se vá necessitar das características, das atribuições e adaptações que cada uma possa apresentar.
É correto afirmar a atual supremacia das novas tecnologias, como motivadoras de uma espécie de modernização, a qualquer custo, imposta principalmente aos jovens, por parte da classe dominadora. Mais é preciso ter cautela, pois não se pode garantir a hegemonia fixa dessas presentes tecnologias, e muito menos que elas irão perdurar por anos sem que sejam menos idolatradas.
Enquanto isso, as novas tecnologias exercem bem seu papel de ludibriar, envolvendo seus usuários com inúmeros atrativos, que deixam o indivíduo totalmente envolvido pela possibilidade de sentir-se livre, totalmente alheio a dominações e sem que haja qualquer tipo de movimentação física.
E o melhor, um espaço onde engloba todos e classes de uma sociedade. Não há distinções, qualquer é capaz e tem vez. E isso é o que estamos vivenciando no momento, tudo parece se encaixar perfeitamente, uma tecnologia interativa, para uma sociedade que preza pela liberdade individual.
Mas engana-se que pensa que pelo fato de ter acesso direto, estará munido de todo o conhecimento. Para reverter isto é válido apostar nos atributos oferecidos pela própria tecnologia, como a capacidade de agir e de criar.
A multimídia pelo seu caráter revolucionário pode ser comparada à história, pois viabiliza mudanças nos tipos de relações socioculturais. A sociedade estimulada pela internet, tem se apegado a expectativas de uma humanização solidária, mas não pelo fato técnico e sim pelo fascínio utópico que a Net traz.
A Web é composta por algumas propriedades como serviço, lazer, informação-notícia e informação-conhecimento. A necessidade de tal é constatada a partir do momento que a sociedade se dá conta de que precisa manter-se informada e em constante comunicação.
É real a distinção dada ao tipo de informação veiculada, devido às diferentes classes e culturas do público receptor. Diante disso, questiona-se sobre o fato de que essas tecnologias assumem um papel antidemocrático, pois têm caráter de selecionar ocasionando, muitas vezes, numa privação. É o que se pode chamar de nível de oferta superior ao da demanda.
A informação não pode ser comparada com a comunicação, pois ambas estabelecem funções distintas a proporção de que a primeira se propaga com maior agilidade do que a segunda.
Mesmo diante da renovação, a cada dia, das novas tecnologias, a economia das mídias permanece fortificada, pois já está impregnada no âmbito sociocultural da humanidade.
A mídia necessita de um público para assim, fazer parte das relações sociais e a partir daí, manter uma comunicação interativa. Já a Net despeja seus atrativos em qualquer lugar onde estiverem lhe acessando, sem a menor perspectiva de um retorno.
Em virtude das novas mídias a indivíduo adquire diversas reações que mexem com suas relações sociais. Por meio da internet, o internauta passa a ter dificuldades em se relacionar fora do mundo virtual; assim como utiliza muito do seu tempo para se manter conectado, e acaba esquecendo-se de vivenciar a realidade.

Hellen Gomes
Seminário V

Lévy X Wolton

Fomos do céu ao inferno em apenas duas aulas. Na primeira, ficamos super animados com Lévy. Ciberespaço, Hipertexto, "Desterritorialização" do texto, potencialização da informação, enfim, a internet como uma super ferramenta dinâmica que proporciona, como Lévy mesmo diz, a chamada "Inteligência Coletiva". Na segunda, Wolton nos mostra que a internet é uma perfeita ferramenta, mas que precisamos ter cuidados especiais com ela. Nem tudo que está lá (na internet) é confiável, devemos sempre confrontar informações para chegarmos a uma informação final e correta. A professora trouxe para sala de aula dois textos que nos permitiram confrontar idéias e perceber como é importante sempre, ler mais do que um autor.

CRISTIANO MENDONÇA

RESENHA DO CAPÍTULO “A VIRTUALIZAÇÃO DO TEXTO” DO LIVRO “O QUE É VIRTUAL”, DE PIERRE LÉVY

Pierre Lévy diz que a oralidade, a escrita e a virtualização informática são as três fases evolutivas em direção a virtualização, pela qual passou a humanidade. Na abordagem de Lévy, o texto é um objeto virtual, abstrato, independente de um suporte específico. Segundo ele, o texto é esburacado, semeado de brancos, cheio de fragmentos que não conseguimos compreender e nem juntar. Sendo assim, o ato de ler nada mais é do que rasgar, amarrotar, de torcer e de recosturar o texto, seguindo ou não as instruções de quem o escreve. Atualmente, a escrita não está somente no suporte do papel, mas também no suporte eletrônico o que torna cada vez mais acessível e mais compatível. Existe hoje, uma “desterritorialização” do texto onde as noções de unidade, identidade e localização deixam de ter sentido.
Prosseguindo a discussão, a abordagem se volta agora para o processo de virtualização da memória. Lévy afirma que virtualizante, a escrita dessincroniza e deslocaliza, fazendo surgir um dispositivo no qual as mensagens estão separadas no tempo e no espaço. Conclusão: a passagem da memória ao texto permitiu um desenvolvimento crítico, fazendo com que o homem não seja mais aquilo que sabe, mas sim aquilo que pode vir a saber.
“O computador é, portanto, antes de tudo um operador de potencialização da informação”, (LÉVY, pág. 41, 1996). Em termos de digitalização, ou de potencialização do texto, essa afirmação de Lévy resume tudo. O computador se tornou uma ferramenta dinâmica que torna a leitura mais viva, proporcionando uma verdadeira penetração num universo de criação e de leitura de signos. A leitura é uma atualização das significações de um texto, atualização e não realização, diz Lévy. Ainda segundo ele, a hipercontextualização é o movimento inverso da leitura, produz, a partir de um texto inicial uma reserva textual que pode ser transformada pelo leitor numa série de outro textos. Sendo assim, a hipertextualização permite um grande enriquecimento da leitura.
Segundo Pierre Lévy, na internet as inteligências individuais são somadas constituindo a “inteligência coletiva”. Lévy nos leva a pensar que os futuros livros e textos serão apenas projeções temporárias de hipertextos muito mais ricos e dinâmicos. Sabemos que a era digital já chegou, mas mesmo assim, considero que o texto impresso tão cedo não será extinto. È claro que o texto digital é de uma tremenda exclusividade, mas é preciso diferenciar os valores e diferenças dele e do texto impresso.

Cristiano Mendonça e Maise Rocha

SEMINÁRIO V

Olá colegas! Meu trabalho foi referente às novas tecnologias analisadas por Wolton.
Boa leitura!
O capítulo, As novas tecnologias, o indivíduo e a sociedade, esta dividido em subtítulos. A discussão aborda a internet e seus malefícios. Segundo Wolton (2007, as novas tecnologias não confirmam que os seus usuários são mais inteligentes e interessados dos que não utilizam esta tecnologia. Elas são criticadas e devido a esta observação, o texto apresenta a idéia de que essas críticas serão repensadas daqui a dez anos, pois é um mito da realidade.
Há uma preferência a essas tecnologias porque ela é uma recusa das mídias de massa, o desejo de responder a inegável angústia antropológica e a atração pelo moderno. É como se houvesse uma transferência, pois as relações humanas e sociais se modificam e geram símbolos e utopias.
Para enfatizar o sucesso 3 palavras foram citadas: autonomia, domínio e velocidade. Autonomia revela a individualização da nossa sociedade, domínio de espaço e tempo e a velocidade de informação que muitos achavam impossível.
Wolton analisa o conteúdo da web e o conjunto de serviços. A oferta e demanda de informação, renascimento das desigualdades (as desigualdades socioculturais se reencontram na utilização dos 4 serviços: informação, lazer, serviço e conhecimento, sendo que informação e conhecimento possuem a maior diferença), informação, expressão e comunicação, solidões interativas (internautas que possuem dificuldades em estabelecer diálogo com o vizinho), as novas mídias entre o comércio e a democracia, questionando as invasões de privacidade, a confiabilidade dos dados, os direitos dos homens e até os riscos de delinqüência em termos de informática, tanta democracia sem regulamentação.
Desta forma, o sistema de informação não é sempre uma mídia. As diferenças se apresentaram como 3 funções: a net é o império da informação para todas as direções e o paraíso da interação, não havendo parâmetros de comparação com que as mídias podem oferecer; é também o império da expressão através de chats que surgem e desaparecem ao sabor das fantasias dos internautas e encontra-se também uma lógica mais clássica de comunicação, como a das mídias com uma oferta, uma programação) utilização por boa parte da população não é colocada como uma mídia regularizada, pois não é regulamentada e as pessoas têm acesso a qualquer tipo de informação sem burocracia alguma. Assim na web não possui reflexão e é devastada pelos piores vírus da desigualdade, manipulação e mitos.
O capítulo ainda apresenta 2 pontos positivos sobre a internet, que é mais satisfação da necessidade ao agir e também há uma abertura para o grande público a certos serviços documentais, agora esta utilização de forma honesta só depende do profissional que utilizará a partir do seu limite de competência.

Elbênia Ramos

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Seminário V -Dominique Wolton

Internet, e Depois? Uma teoria Crítica das Novas Mídias (Dominique Wolton)

Desde as antigas maneiras de comunicação por meio de gestos e linguagem até os mais novos avanços tecnológicos, a produção e troca de informações e conteúdos tornaram-se características comuns dos seres humanos em quaisquer sociedades. Entretanto, esse avanço gerou diversidade dos meios de comunicação, no qual os conteúdos passaram a ser mercadorias e os indivíduos tornaram-se dispersos no espaço físico e no tempo.
Porém, o que está em jogo não é o progresso físico e técnico dos meios midiáticos em meio ao processo de evolução da humanidade e sim a capacidade e qualidade de produção enquanto sistema de informação. Atualmente, a Internet tem sido gerenciadora de sonhos e leva o indivíduo a navegar pelo mundo. E, conseqüentemente criar seu próprio mundo, ou seja, gera “mundinhos” com a finalidade de desagregar a interação coletiva. Para Wolton a Internet não é considerada uma nova mídia e sim um aglomerado dos meios de comunicação que não traz inovações de produção, de linguagem entre outros.
Em virtude disso, o ser humano limita sua linha de raciocínio a ponto de não saber interagir e propagar opiniões sobre o que está em pauta no seu cotidiano e passando a viver uma espécie de “regressão cultural” mantendo-se alienado e individualista apesar de estarem interligados virtualmente. No entanto, não podemos e não queremos que o processo evolutivo fique estagnado e sim que saibamos utilizá-los enquanto sociedade por meio da universalização da informação mantendo assim a interação coletiva entre os indivíduos.
Marieta Melo

A evolução do Hipertexto

O conceito de Hipertexto vem do século XVI quando surgiram os manuscritos que sofriam alterações quando estes eram reproduzidos pelos copistas caracterizando assim uma escrita coletiva, anotações realizadas pelos leitores nas páginas também são consideradas exemplos de hipertextos, temos como exemplos de hipertextos clássicos as enciclopédias com seu acesso não-linear e a Bíblia com sua forma de leitura também não-linear.
A internet quase que materializa o hipertexto, é nesse meio de comunicação que ele tem o real sentido da palavra, alguns autores até chegam a dizer que o hipertexto só acontece no meio digital por causa do imediatismo que o meio proporciona, mas digamos apenas que a internet seria o hipertexto excelente através dos hiperlinks.
Pierre Lévy afirma que leitor de um texto o atualiza cada vez que lê, interagimos em um novo universo de criação e leitura de signos aproximando assim o conceito de virtual do próprio conceito de texto, nós passamos por três fases da evolução em direção a virtualização que foram a oralidade, a escrita e a virtualização informática na qual estamos.
O autor cita que no texto escrito os ‘hiperlinks’ existem na forma de notas de rodapé e citações bibliográficas, mas não direcionam em tempo real, na rede da internet basta que um texto exista para estar conectado há milhões de outros de assuntos relacionados, o leitor do texto digital pode modificar, e acrescentar nós, imagens, conectá-lo a outro hipertexto fazendo com que cada leitor seja um autor misturando suas idéias com outras formando uma inteligência coletiva.
Lévy imagina que no futuro os livros, jornais e documentos serão em grande parte projeções de hipertextos on-line mais ricos e ativos.

Felipe Martins
Texto referente ao Capitulo: A virtualização do Texto - Pierre Lévy

Seminário IV

Olá pessoal, tudo bem?
inicio minha participação com o texto referente à minha parte nos seminários.
Inclusive enviarei para o e-mail de todos.

Pierre Levy nos faz viajar refletindo sobre a evolução tecnológica pela qual a humanidade vem passando. Ele nos compara a nômades, mas não os que buscam novos territórios, e sim os que buscam um “espaço invisível” de conhecimentos, saber, potências de pensamentos.
Levy nos leva a pensar que não mais podemos nos dar o luxo de ficarmos parados esperando que o mundo a nossa volta mude, achando que não temos nada a ver com isso. Pois ele mudará e nós não somos alheios a isso, pois somos móveis e essas mudanças acontecem, também, por nossa interferência. Pois estamos em uma época onde as transformações acontecem rapidamente e os seres humanos são peças fundamentais desse processo. Segundo Pierre Levy, “os primeiros nômades seguiam os rebanhos, que buscavam sozinhos seu alimento segundo as estações e as chuvas. Hoje “nomadizamos” atrás do futuro humano, um futuro que nos atravessa e que construímos. O ser humano tornou-se para si mesmo o clima, uma estação infinita e sem retorno”.
Ou seja, nossos ancestrais já passavam por transformações e eram obrigados a se adequarem a elas, no entanto não tinham como se comunicarem, difundindo as soluções encontradas por um ou outro indivíduo, o que certamente ajudaria, e muito, os outros que não conseguiram achar tal solução.
Com isso, Levy quer pôr em discussão o conceito de inteligência coletiva. Termo desenvolvido por ele e potencializado pela internet, que tem como princípio a soma de inteligências individuais compartilhadas por toda sociedade.
Para o filósofo francês “torna-se explícita, aberta e publicamente o aprendizado recíproco como mediação das relações entre homens. As identidades tornam-se identidades do saber. As consequências éticas dessa nova instituição da subjetividade são imensas: quem é o outro? É alguém que sabe o que eu não sei. O outro não é mais um ser assustador, ameaçador: como eu, ele ignora bastante e domina alguns conhecimentos”.
As pessoas deixam de dar importância às outras somente pelo nome, cargo que ocupa ou em que país elas vivem e, sim, passam a ver as outras pessoas como seres de grande potencial para aumentar o ciclo de conhecimento fundamental para a construção da inteligência coletiva. Pois ninguém sabe tudo, e todos sabem alguma coisa, com isso, temos que entender que cada um tem sua importância na construção das ideias. Ou seja, para Levy, o conhecimento se constrói com a junção de diversos “saberes”. Portanto não podemos menosprezar o que o outro conhece por mais ínfimo que nos pareça, porque com certeza é de grande importância para alguém. Pois dessa maneira, “o laço social na relação com o saber consiste em encorajar a extensão de uma civilidade desterritorializada”.
Com isso o avanço da tecnologia, mais precisamente o advento da internet veio para nos ajudar a construirmos o pensamento através da inteligência coletiva proposta por Levy, pois temos como difundir as ideias de forma muito mais rápida.
Algumas pessoas criticam o filósofo, pois dizem que a grande dificuldade da internet é o acesso, mas ele rebate dizendo que a escrita demorou aproximadamente 3000 anos para chegar ao estágio atual onde todos sabem ler e escrever (e mesmo assim, não são todas as pessoas que sabem). Para Levy, “o importante é ver o número de pessoas plugadas”.
Ele ainda situa a evolução do ciberespaço em cinco estágios: a oralidade, a escrita, o alfabeto, a imprensa e o ciberespaço.
Com o avanço tecnológico que vivemos não podemos monopolizar o saber e nem tampouco menosprezar a enorme importância que a troca de informações na rede pode nos oferecer. Ou seja, “interagindo com diversas comunidades, os indivíduos que animam o Espaço do saber, longe de ser os membros intercambiáveis de castas imutáveis, são ao mesmo tempo singulares, múltiplos, nômades e em vias de metamorfose (ou de aprendizado) permanente”.
No entanto, “coletivo não é necessariamente sinônimo de maciço e uniforme”, defende Levy. O que existe é a discussão de diversas idéias, a exposição de vários assuntos por diversos ângulos, dando-lhe a oportunidade de tirar e formar as suas próprias conclusões, tendo como meio facilitador um ambiente que lhe dá a possibilidade de ter opiniões de diversas pessoas de todas as partes do mundo ao mesmo tempo.

Lessio Cerqueira.